O homem atraido pela cobra
que arrastou-lhe pelo abismo acima,
sentiu-se como o neto que a avó mima
numa corrupção que se desdobra
e vara o tempo curto que nos sobra
em pensamentos que me abomina:
Será o tempo o deus que nos domina
em uma alegoria de manobra?
Será que a raposa te apanha?
Julgando-se a alma poderosa
você mergulha em tua própria entranha
buscando uma verdade mentirosa
que lhe fará viver de forma estranha
pois a ciência humana é perigosa.
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Palavras cruas.