sexta-feira, 6 de maio de 2011
Casa nova.
A minha casa é tão absurda
que as vezes duvido viver nela
embora me debruce em sua janela
no tempo em que a razão é surda.
Eu entro e saio pela sua porta
com toda a liberdade de quem cria
o dia quente e a noite fria
no cômodo feliz que me suporta.
A minha casa não está na terra.
Em barro, natureza e capim,
sou parte dela e ela é de mim
subindo o morro ou descendo a serra.
Tomei cuidado com a minha casa
ao descobrir que vivo dentro dela
pois, quando abri a porta e a janela,
ví o mundo lá fora em fogo e brasa.
O tempo que eu gasto lhe erguendo
é o melhor emprego que eu tenho.
Quando estou sisudo e franzo o cenho
quero falar: essa casa não vendo!
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Palavras cruas.