Soneto do amor doente.
Rildo Aragão.
Teu intestino não me é bizarro.
Lhe conhecí do início ao final.
Comecei como prato principal.
Findei-me misturado ao teu catarro.
Eu percorrí teu duto intestinal
e, junto com a urina, o cigarro,
a cocaina e o mais sujo escarro,
fui despejado num esgoto mal!
Não era a agua fria q'ueu queria
nem o cadáver podre do corcunda
que a tres dias me faz companhia.
Ha...sofro ao lembrar tua entranha funda
e nutro a esperança vã, de um dia,
voltar a ver a tua boca imunda.
Em janeiro de 1997.
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Palavras cruas.