quarta-feira, 16 de maio de 2012

Sem nada.

Aquela roupa velha que te veste
e que descoloriu faz longa data,
não serve mais a ti e hoje acata
antiga maldição, antiga peste!

Ela carrega o que o tempo mata
em um passado morto. Este teste
será dado quando nada mais reste
além da matemática exata.

Semente em terra quente, homem, lavre!
O que dá ao passarinho a asa
jamais irá expor-se lá no Louvre.

Passado morto em uma cova rasa
jamais deterá espírito livre
que não quer roupas e não possui casa.


domingo, 13 de maio de 2012

Apocalipse zumbí.

O morto-vivo é uma lembrança
que te persegue e quer devorar
o teu momento. Ten’s que aturar
passado morto querendo mudança?

Uma caveira espetacular
irá guiar o som que você dança
pois tua imaginação avança
além deste passado secular!  

O simbolismo paga o teu pato
com uma neura dona dum invento
capaz de zumbizar o que eu mato:

Um desgraçado que não tem o intento
de saber que o começo foi um ato
morto no passado e vivo no momento.


sexta-feira, 4 de maio de 2012

Nossa escola.



Estudo em estranha escola. Tenho
colegas que ainda nem conheço
pois o ensinamento que mereço
Jamais indagará de onde venho.

Aprendo livre na teia que teço
individualmente. Com empenho
eu jogo fora tudo o que tenho
nessa fogueira em que eu me aqueço.

As chamas do passado já vivido
não gerará fumaça nem o cheiro
do zumbi que passou apodrecido.

Escola doida não quer ver dinheiro.
Quer ver ser de valor ser possuído
por um ideal puro e verdadeiro.