sexta-feira, 29 de março de 2013

Boceta aberta

Ver lua, marte, sol...Sentir-se jupiter
querendo destruir o natural
na sapiência de que o banal
explicitará o circulo mater.

Fazer pedido muito gutural
em uma via pública. O gliter
que a escuridão não vai deter
na madrugada, brilha em seu mural.

Na mesa em que fiquei, os nomes castros
giravam sobre uma cabeça morta
na rua de passagem. Deixou rastros

obeliscais. Ela não quer a porta
do mar mesquinho que derrota mastros.
Ela quer ter a faca que lhe corta.

Humanos assassinos de abelhas



Quando meu pé pisava o pé do morro
do alemão, aquele ser latente
composto de justiça e de gente
era meu professor.Me dava esporro

e ensinava-me como se mente
aos repressores de quem tanto corro
e extermino com o simples jorro
de pensamentos fortes. Nossa mente

é a revolução mais verdadeira.
Uma abelha pôde perceber
o indivíduo como a derradeira

inteligência que vai receber
da fonte da mais alta cumeeira
o néctar dos deuses. Vou beber?

quarta-feira, 13 de março de 2013

Fora do contexto

Poder age aperreadamente
ao elevar ou devorar o homem
na tumba que não fecha. Eles somem
como marginais dejetos. Francamente!

Desmedidos poderes só consomem
digerem e expulsam do cú quente
a alma fria e morta que não sente
os dentes desta boca que nos comem.

Ao franzir cenho pro amor amigo
a falsa força me deixou perdido.
Sentí como é grande o perigo

de ser inferior. Homem parido
na marginal. Sem casa, procurei abrigo
as margens da tangente. Fui tangido.