sexta-feira, 28 de dezembro de 2012

Mulher-mar

No desolado mar, o marinheiro
tem a visão da mais linda sereia
que decompõe aquele que aperreia
montado num cavalo. Cavaleiro

conquistador da terra quente. Cheiro
forte! Homem-cavalo só anseia
ser a representação de uma peia
movida por devastação, dinheiro

e a vermelhidão dada a Marte
que, seco e sem a musa, vê a morte
encarnada. Estandarte que parte

em duas partes o azul da sorte
e o vermelho que tingiu a arte
do homem rude que não possui porte.

Homem ao mar!

As guerras que o homem grita e berra
faz recuar as ondas deste mar
imenso. Movimento a gerar
a força viva que jamais emperra.

Quem sobe alto cume sempre erra
ao pensar que se pode alcançar
o maior nível do maior pensar.
Malditos! O pensar não tá na terra

e nem em outras terras. Quando leve,
a flutuar, espaço desmedido,
será bolha de ar no mar que teve

inspiração. Eu tenho percebido
que o saber imenso se deteve
em um portal: O mar desconhecido.

quinta-feira, 29 de novembro de 2012

Mare Magnum

Reconhecer uma seriedade
diante o trabalho que praticas
é o mesmo que aceitar mágicas
mentirosas contendo lealdade.

Eleva-tes por não ter a maldade
humana que seleciona picas
eretas como pensamentos, dicas
e complementos. Singularidade

só se alcança quando se percebe
a multiplicidade das facetas
geradas no peito em que se bebe

o leite imaterial. As tetas
só alimentará o que recebe
a chave abridora das bocetas.

Gaviões Voam

Vedes o Passarinheiro:
Sua maldade é desproporcional
Pois ele não só prende um animal,
Atenta a liberdade por inteiro!

Dinheiro corta asa e compra casa.
Asa, casa,cada coisa diferente...
Asa roda mundo, casa é rente.
A asa é livre, a casa e fechada.

Então não prenda, deixe abrir as portas.
Pois portas abrem. Portas abrem portas
e se descobre, entre linguagens mortas
que Deus escreva certo em linhas tortas.

Corta essa amarra, vagabundo!
Trabalho é igual à hombridade.
Não queiras tu, prender a liberdade...
Melhor deixá-la solta pelo mundo.

E, já que o ciclo ta se acabando.
E tu disseste cair do teu ninho,
Nunca mais sufoque o passarinho.
Quem sabe, não és parte desse bando?

quarta-feira, 14 de novembro de 2012

Um abrigo

Se seu José não sobe a montanha
que detém o mais nobre pensamento,
montanha já montada num jumento
subirá seu José de forma estranha.

Será que José tendo passamento
consciente, verá sua entranha
ser invadida pelo cú que ganha
a mais alta montanha cú adentro?

O rio em um cume é o meio
que não mitura farinha que sigo.
Raiz de mandioca que anseio

jamais será o trigo do pão. Digo
que o trigo apazigua aperreio.
José já não quer casa. Quer abrigo.

quarta-feira, 17 de outubro de 2012

Levianta.

És humana? Pensais em sentimentos
que deixam seu ego delimitar
valores que irão fundamentar
a tríade que move o movimento?

Atemporal, trabalhas no invento
que compreende o tempo, o transportar
e gera o saber de suportar
a música da morte e do vento.

Liberta do abismo! Gere atrito
entre boceta rosa e caralho
preto. O homem: Ser maldito

arrastando pureza pro serralho!
Mulher expulsa do mar infinito
faz da paixão seu mais nobre trabalho.

quinta-feira, 11 de outubro de 2012

Cobra engolindo cobra.

Além...Ciência transmuta valores
do tratado que trata elementos
com doses de placebo e unguentos.
Reagentes transubstanciadores

são elementais livres. Pensamentos
que dão aos alquimistas os odores
necessários para que seus inventos
deem ao chumbo seus nobres valores.

Fundir elementar sem deixar sobra
do símbolo do ciclo que já mora
no próprio rabo. Pestilenta cobra

que une começar com voum'embora.
Será que eu devoro essa obra,
ou essa obra é que me devora?





sexta-feira, 5 de outubro de 2012

Amor, farsa e tragédia.

Menina aconselhando um demônio
a dar razão a todo o sentimento
que vem de fora e penetra dentro
do grande ideal. O patrimônio

do amor humano é violento
e trágico. Um grande pandemônio
guiado pela droga do hormônio
que planta nesta terra, o pestilento

corruptor. O tempo já emana
cheiros da morte viva na comédia
da fêmea forte que jamais engana

seu macho rude. Vai raiar o dia!
Amor livre da condição humana
medida pela farsa e a tragédia.

terça-feira, 25 de setembro de 2012

Pecado original

Eu vejo falos presos em momentos
que representam mães que alimentam
o crescimento. Os que sentem, sentam
e os que sabem, geram movimentos.

Orquídeas são bocetas que fomentam
vontades justas. Despertos atentos
independente da rosa dos ventos
compreendem a fêmea que atentam.

Venuzianas latentes num mar
inexplorado. Homem tem destino
escroto. Mais escroto que chamar

seu complemento com badalo e sino,
é ser um incapaz de não amar
o símbolo sagrado feminino.

Envelhecer.

Sentir invern'entrando minha venta.
Seu forte cheiro frio vent'entrando.
Negando ar e me anunciando
a multiplicação de meu quarenta.

Abre-te Cézamo é tempo roubando
com quarenta ladrões. Alí atenta
o multiplo que vai além de oitenta:
Inverno a primavera regressando.

Embola-bosta vira escaravelho
descobrindo que Despertar espera
da espiga do milho o pentelho

ter um sorriso largo de um Tera,
franzindo o velho cenho no espelho
ao perceber a ruga mais sincera.

terça-feira, 28 de agosto de 2012

O heterodonte

tro

Tempo complexo, Deus anexo
em despertares tênues dos seres
que querem hoje esses quereres
vulgares intrínsecos nos sexo.

Quem vive no abismo dos poderes
pendem. Quando pendem querem nexo
nesse desleixo: Côncavo/convexo
que faz tremer o cosmo e o alferes.

Se no escuro eu acendo vela
equilibrada no meu candelabro
obeliscal que tua brecha mela

acabarei com o termo macabro
trocando caixa de pandora pela
boceta...bocetinha que eu abro
.

Ego feminino.



Capataz incapaz foi subestimar
o fogo qu'alimenta nobre causa.
Capaz, vejo que forte fêmea usa
aquilo tudo desse eterno mar.

Imensidão que tua mente abusa
ao costurar retalhos de amar
dos sonhos teus. Podes inanimar
o vivo. Esse vivo te acusa,

te prosta e te derrete. Viva, vias
o outro lado da carne quebrada
que no sofrer lhe mostrou que devias

observar que quando fraquejada
irias ter aquilo que previas:
Ceder o seu amor pra ser amada.

Na cumeeira.



Sentir o movimento da estrela
liberto a caminhar no firmamento
contendo eterno amor em um momento
que tenho só pra mim, a flor mais bela.

Amar-te dessa forma tão singela
alimenta o pensar que eu fomento:
Bailar equilibrado: Pena em vento
quente que queima e frio que congela.

Percebí na razão de um ateu
que coisas simples equilibram. Juro
que sentí as dores de Prometeu!

Porém mais forte derrubei meu muro
assim que recebí num beijo teu
preciosos cristais de amor puro.



quarta-feira, 8 de agosto de 2012

Reflexo da sombra.


A tu’imagem exposta nu’spelho.
O sol de luz que mostra sua sombra
de mulher desdobrada na penumbra
do ceifador sinistro. Impecilho

assolador daquilo que assombra
os que não compreendem que o milho
da mesm’espiga após o debulho
carregará ná alma, o pentelho.

A morte se explica em forte vento
que, violentameente e sem nexo
culminará em  sexo violento.

Arcano obscuro e convexo
está a me mostrar comportamento
de quem perdeu a sombra e o reflexo.



Sagrado feminino.


Completo ao lado teu. Cômodo fico
no aposento dessa nobre casa
colméia de abelha uno. N.A.S.A
Jamais explicará cômodo rico.

O big bang numa cova rasa
não subestima do amor o pico:
Sistro que afasta o maléfico
delito quente. Terra extravasa

a lava de vulcão que torra o couro
do macho rude que é um menino
vivendo nas touradas feito touro

por não compreender que o divino
é mal agouro que conduz o ouro
contido no sagrado feminino.

quarta-feira, 1 de agosto de 2012

Arcano precioso.



Latejou quente a flor carnal pulsante!
Cedeu-me seu odor na madrugada
das almas perdidas. Desceu a escada
que leva-nos ao inferno de Dante.

Atemporalidade segue avante
maltratando o corpo da coitada
com um intenso canto em disparada
fazendo com que a Lua a alma encante

seus puros obscuros pensamentos
libertos da justiça. Os delitos
desse seu ego serão os tormentos

capazes de gerar grandes atritos
de devastantes ondas, mortais ventos
contidos nessa flor de mudos gritos.

quinta-feira, 28 de junho de 2012

Dias contados.


Um niilista-suicida-morto
com pensar forte(pedra em um muro),
tragicamente emerge no escuro
pesar.O peso envergou o torto

pilar deste imenso e obscuro
platô estranho. Estranho aborto
que faz perceber que o ser é porto
universal receptor do puro

pensamento liberto dos que agem
marginalmente.Glória na vendeta
que imaginas! Tive uma visagem

que tava escrito dentro da gameta,
como se faz num  rito de passagem
que o hetero morra sem buceta.

quarta-feira, 16 de maio de 2012

Sem nada.

Aquela roupa velha que te veste
e que descoloriu faz longa data,
não serve mais a ti e hoje acata
antiga maldição, antiga peste!

Ela carrega o que o tempo mata
em um passado morto. Este teste
será dado quando nada mais reste
além da matemática exata.

Semente em terra quente, homem, lavre!
O que dá ao passarinho a asa
jamais irá expor-se lá no Louvre.

Passado morto em uma cova rasa
jamais deterá espírito livre
que não quer roupas e não possui casa.


domingo, 13 de maio de 2012

Apocalipse zumbí.

O morto-vivo é uma lembrança
que te persegue e quer devorar
o teu momento. Ten’s que aturar
passado morto querendo mudança?

Uma caveira espetacular
irá guiar o som que você dança
pois tua imaginação avança
além deste passado secular!  

O simbolismo paga o teu pato
com uma neura dona dum invento
capaz de zumbizar o que eu mato:

Um desgraçado que não tem o intento
de saber que o começo foi um ato
morto no passado e vivo no momento.


sexta-feira, 4 de maio de 2012

Nossa escola.



Estudo em estranha escola. Tenho
colegas que ainda nem conheço
pois o ensinamento que mereço
Jamais indagará de onde venho.

Aprendo livre na teia que teço
individualmente. Com empenho
eu jogo fora tudo o que tenho
nessa fogueira em que eu me aqueço.

As chamas do passado já vivido
não gerará fumaça nem o cheiro
do zumbi que passou apodrecido.

Escola doida não quer ver dinheiro.
Quer ver ser de valor ser possuído
por um ideal puro e verdadeiro.

segunda-feira, 30 de abril de 2012

Abrir todas as jaulas!


Os ídolos e deuses que não tenho
e que se mostram tanto para tantos,
resguardam-se de seus(só seus) encantos!
Arcanos fazem-me franzir o cenho.

Informações cobertas pelos mantos
que acobertam todo o empenho
do ser desperto. Vejo um engenho
acalantando todos esses prantos.

Não dou valor a esta vida cara
que tenta atentar-me qu'á tuleima
de corromper minha mais nobre tara

de ser voyeur de mim ao ver a teima
de algo querendo levar-me para
bem longe dessa terra que me queima.


quarta-feira, 11 de abril de 2012

A razão devora, a puta acolhe...



Estamos em um mesmo nível! Veja
que desgraçadamente tenho dito
minha opinião. O veredicto
está além do que você almeja.

Íntimos, os santos e os malditos
se equilibram. No breu lampeja
o raio que desperta a peleja
entre as novidades e os mitos.

Igualdade é justiça e não separa
o rito de passagem e o calvário
que dá direito a puta que ampara

na reta final, o mal necessário
que vai jogar enfim na tua cara
que tu precisas sair do armário.




quinta-feira, 29 de março de 2012

Abismo e dois extremos


Chico Anísio e Millôr ceifados
por uma onda forte e verdadeira
provando que a última primeira
virá antes.Assim os desgraçados

aos milhares serão os dizimados
antecedendo a prova derradeira
que une o caixão e a mamadeira
no berço que nascerá o finado.

Iniciação forte irá matar
a farsa desta vida que vivemos
forçando nosso ego a postergar

o tudo que perdemos.Nós não temos
o que além iremos enxergar
em um abismo unido a dois extremos.

Casa forte.


Desculpe-me o medo que senti
ao perceber que o fraco virá forte
e o vital se une com a morte.
Abismo entre dois extremos,vi.

Desculpe-me saber que o seu norte
Isenta ventos. Forte, não morri
com a inteligência que senti
guiar a sanidade tua. Sorte

é perceber que a casa heróica
que tu comandas com o pensamento
expulsa fracos. A fantasmagórica

verdade em voga, a vagar no vento
te deu menina linda e retórica
pra ser o seu mais nobre aposento.

Um portal.


Singelamente, ergo o estandarte
que representa a arte que eu faço
parte. Loucamente caço! O que eu caço
completará o favo desta arte.

Embora a minha morte venha em maço
e minha dor não sirva de encarte
a todos do que dela fazem parte,
eu fatalmente lançarei o laço

a todos que me deixarão de molho
por não saberem onde me encaixo.
Intolerância furava meu olho

enquanto as notas de meu contra-baixo
me elevava ao cume. Sento. Olho
os vulgares que vagam lá embaixo.

sexta-feira, 23 de março de 2012

lixumano


A coisa mais antiga deste mundo
é uma pedra densa igual geléia
e que se molda feito toda idéia
que Pedro, o podre, pôs na pedra.Fundo

foi o final fatal do feto. Imundo
é Glauco com a sua centopéia
enchendo o bucho. A barriga cheia
de marginalidade e submundo!

Aquele ser que é muito pegajoso
da anti-estética, sem padrão, barbudo,
inteligente animail raivoso,

Jamais será o cego, mudo, surdo
que sonha o simbolismo mentiroso
de um real imenso e absurdo.

quinta-feira, 22 de março de 2012

Mate seu pai!


Não chores,filho meu! Sou o culpado
por todo o estrago que causei
a teus gen's falhos que nunca usei
pois tua mãe queria um abortado!

Desculpe, filho! Sou ultrapassado
por tua geração que eu nem sei
aonde comecei pois eu casei
sem saber o que tinha começado.

O nosso amor duro não engana
o filho forte. Falho foi o erro
de uma abacaxi e um banana.

se como merda de seu cú, seu berro
estridente na minha mente insana
me matará após o meu enterro.

Terra quente, mar gelado!


Minha carcaça feia e esquálida
vinda da água,vive nesta terra
a esperar o coveiro que enterra
a podridão que já nasceu vencida.

A forma agourenta escolhida
por Gaia, só promove caos e guerra
pois o saber terráqueo sempre ferra
a nossa condição que é vencida.

A liberdade não possui decoro!
A igualdade pode andar de terno
pois a simplicidade não faz coro

ao me dizer que esse mar eterno
de água e sal fornece o tal soro
capaz de hidratar seres do inferno.

quarta-feira, 7 de março de 2012

Primavera.


Embora eu não esteja preparado
para assimilar coisa tão forte,
Eu acho que a arte dá o porte
pra desvendar o futuro passado.

Se o além só representa a morte
e o passado vive embaçado,
atento a condição do desgraçado
que tem no mal a saida pra sorte.

Respeito bem o bem que não faz mal!
Até que a matemática me conte
o nascimento da coisa fatal,

a minha alma atravessa a ponte
e bate na pedra filosofal
que lança-me na tal "Juventus Fonte"

sexta-feira, 24 de fevereiro de 2012

Asma.


Perigo ao perceber que o real
falso é contrário a fantástica
infinitude que dá a asmática
negação da vida, o irreal!

Sem ar no pulmão, toda a estática
forçada a se livrar da desleal
caverna escura, sobe ao Nepal
pois lá, falta de ar é didática!

No mais alto dos cumes, o serralho
inexistente cessará o inflame
de todas as bucetas. O caralho

sem o tesão que em seu cone enrame
perceberá enfim, todo o trabalho
da mãe negando o ar a vida infame.

sexta-feira, 10 de fevereiro de 2012

Anima, teremos animus!!



Eu compreendo bem o que tu sentes
pois tua voz foi forte e masculina.
Tua verdade é forte e elimina
figuras destes machos tão ausentes.

O teu poder não vem dessa vagina
nem da masculinidade latente
que luta em afastar meu corpo quente
do sonho que tua mente imagina.

Tens o poder de exterminar gente
que te perturba toda madrugada
dizendo que você será usada
por um fracote feio que só mente!

Eu poderei interagir com algo
que ultrapasse minha vã razão?
A primavera-verão deu tesão
a esse cavalo que eu cavalgo?

Se esse simbolismo que eu galgo
perpetuando minha condição
além da sombra desta maldição
que, com água salobra sempre salgo,

tentarei jogar o meu pensamento
nas ondas deste mar desconhecido
que permanecerá como um amigo
banhando minha carne em desalento.

Novo ciclo


Se o inverno representa a morte
no simbolismo do ciclo materno,
que venha a morte e um novo inverno
acompanhando a arte e seu suporte.

Se minha alma queima neste inferno
de sofrimento, angústia e má sorte,
eu servirei a força que dá porte
e joga ao mar o pensamento eterno.

Inevitavelmente danço a dança
que embriaga sem deixar de porre
e traz a primavera que alcança

um novo ciclo pois o tempo corre
fazendo-me seguir sem esperança
pois ela é a última que morre.

sexta-feira, 3 de fevereiro de 2012

Exigências.


Você quer que eu morda os astros?
Que eu cuspa fogo?
Que eu corte os mastros
Pra fazer seu jogo?

Você quer que eu morra no pogo?
Que eu seja demagogo?
Pra fazer seu jogo
E me juntar aos Castros?

Pois te digo, minha amada:
Eu já fiz de tudo...
Da coisa mais maldita a mais sagrada!

Você me exige um grito mudo:
Te amo, desgraçada!
Por isso estou barbudo!

quinta-feira, 2 de fevereiro de 2012

40!!


Que ótimo, já sou um quarentão!
Há tempos que eu almejava isso:
quarenta anos sem o compromisso
de pertencer ao sistema padrão

que escraviza dando a abolição.
Dá forças para o ser ser submisso,
está presentemente bem omisso
e pisoteia sempre dando a mão.

Adoro envelhecer neste caminho.
contra-corrente pra mim, é lazer.
Sou pássaro liberto de meu ninho

voar é o que eu gosto de fazer
pensando sem limites. Um bom vinho
que envelhece dando mais prazer

quarta-feira, 25 de janeiro de 2012

Femme fatale


Lá vem aquela fêmea fatalista
especialista em jogar no ralo
o homem, seu orgulho e seu falo
em um velho ritual niilista.

O macho iludido sofre abalo
ao sentir e ver coisa nunca vista.
Morfado em um porco-chauvinista,
no galinheiro, ele não é galo.

segunda-feira, 23 de janeiro de 2012

Curvas, carnes e formas.


Magreza extrema via passarela
tentando burlar antigos costumes
ao retirar das fêmeas os volumes
que dá ao homem, a visão mais bela.

Se a faca afiada tem dois gumes
que corta a curva sempre dada a ela,
o osso entalará em minha güela
fazendo-me subir em altos cumes

para buscar o que me delicia
e me completa em paz, fortuna e sorte.
Enfim, ganharei o que merecia!

As mais gordinhas sempre terão sorte
porque o ser humano associa
mulheres magras a visão da morte.

quarta-feira, 4 de janeiro de 2012

Equilibrio


Assim que a cortina de fumaça
se dissipou em meio ao pensamento
imediatamente o tormento
me alcançou como se fosse caça.

Enquanto a tristeza se engraça
neste peculiar e vão momento,
tudo que imagino e fomento
engulo com o veneno da taça.

Pulmões rosáceos sentem novos ares
em meio a todas estas tempestades
que sempre varrerão os nossos lares

no caos urbano de nossas cidades
que faze-nos sentir com os pesares
o deleitar-se em leitos de entidades.