quinta-feira, 28 de julho de 2011

Ingleses, dentes e pontes.


No mais, canais são só uma vertente
a exasperar forças de ondinas
ferinas tanto quanto estas minas
que dilaceram a carne da gente.

No menos, a beleza das vaginas
se mostrará de forma não latente
pois o poder não é o que se sente
ao ver força sair. Tú imaginas

a carne rosa pura de bondade.
Gengivas da cor destes bacanais
que dá ao dente toda pruridade

e ergue pontes sobre seus canais
guiando as águas podres da cidade,
banhando as bocas destes marginais.

quinta-feira, 14 de julho de 2011

Melancolia tumular.


Passado morto sendo astro triste
num canto sem encanto. Infinito
aguardará estrela e atrito
no negro obituário que insiste

em resguardar um pavoroso grito:
Pássaro preso vive do alpiste
e da melancolia que tú viste
ao sentir o diabo do delito.

Assim que tua carne for arder
assada no carvão do submundo,
uma semente podre irá nascer

num poço fundo. Lamaçal imundo
jamais fará a razão entender
a coisa mais tristonha deste mundo.

A morte do Rock'N'Roll


A pedra mais antiga do planeta
ao rolar, gerou música profana
que desencadeou o que emana
do cabaço lascado da gameta.

Diferente de uma fé insana
baseada no que se intrometa
no falo erguido e na aberta greta,
o Rock rola em forma não humana.

Contra-corrente não conduz entulho
e boca de cordeiro sempre berra
a falsa paz que só nos dá engulho.

Não será a desgraça ou a guerra
que matará o rock. O barulho
ausente mata o rock e lhe enterra.

quarta-feira, 13 de julho de 2011

Solstício de inverno.


No mais longo dos dias deste ano,
visitei novo plano. O diferente
foi acordar com o meu corpo quente
interno no inverno deste cano.

Com este indício forte eu fico rente
ao pensamento livre e sobre-humano
de carnes que não passam neste insano
condutor da passagen inerente.

Acima do que poder de ser bolor
e mais ainda, do que é eterno,
seremos parte do ser incolor.

Até sentimos o que é inverno,
primeiramente tendo este calor,
conduzirei imagem do eterno.

segunda-feira, 11 de julho de 2011

Mussun forévis!


Três coisas a bebida irá causar:
Nariz vermelho,sono e urina.
Devassidão: Provoca e extermina.
Desejo dá, lesando o atuar.

Assim como ela cria, elimina.
Acende pra depois vir apagar.
Persuasiva, faz-te acreditar.
Depois, dissuasiva, seca a mina.

A síndrome da "puta arrependida"
é o castigo pra quem bebe mé
sem um controle, termo ou medida.

Aceleradamente eu vou de ré
apenas pra falar que a bebida
levanta sem poder deixar de pé!

quinta-feira, 7 de julho de 2011

Mulher no poder.





A fina flor agora está zoando
o bicho homem. Ele acuado
não se adaptou ao que foi dado
e morrerá se for sair voando.

A flor tem pensamento elevado.
Em menos de cem anos no comando
provou que sempre esteve devorando
o ser primata pela flor tarado.

Sou homem que apóia o que aflora
nesta revolução viva que assola
o pensamento morto de outrora:

Perdendo a razão o homem imola
um ser.A abre caixas de pandora
extrai seu dente.Homem na gaiola.

quarta-feira, 6 de julho de 2011

Hell de Janeura


O caos está aqui. O nosso trânsito
É o peixe morto a beira mar
sacrificado ao não imaginar
o que pelo silencio já foi dito.

A musa queima e mata o meu escrito
extraído de mim ao imaginar
que Rio de Janeiro não é mar
e sim, formulação de um delito.

Aqui chorei, sangrei,vi e vivi.
Só não morri por que o meu trabalho
Superou o veneno que bebi.

O rio não é mar e sim serralho
Pois ao me desdobrar eu percebi
Que temos que melhorar pra caralho!

terça-feira, 5 de julho de 2011

Soneto ao passarinheiro.



Voar em nevoeiro. O ar impuro
estranha a própria terra que habita.
Sendo julgada vidente imperfeita,
sumiu indesejada. Mal agouro

corrompe homem com poder e ouro
e um grande terror na mente incita
cessar a luz. Desejo negro excita
o teu poder e o poder do touro.

Falei do passado covarde e triste
imposto pelo homem. Ser primata
com a política do dedo em riste.

O líder bom é aquele que mata
o passarinho preso sem alpiste,
sem ninho, sem água, sem mata.

segunda-feira, 4 de julho de 2011

Bruxaria!


O freio filosófico cristão
que deu a mulher título de puta,
apagou fogo, reprimiu a luta
mais não cessou sua revolução!

A nova fêmea hoje já transmuta
além do pensamento de Platão
pois fofocava antes do alcorão
entregue ao valor de sua labuta.

A bruxa hoje é a mulher louvável
que sente que o futuro lhe reserva
o poder de direito, hoje palpável..

Se Adão deu seu falo a Minerva,
a covardia agora é explicável:
Mulher é flor. Homem é bicho e erva.

Arma terrorista de Deus.


Pensar: um mar eterno de opções
incontroláveis. Como controlar
eternas ondas deste imenso mar
devorador de todas as razões?

É madrugada. Há ressaca no ar
distribuida em sonhos de ilusões
palpáveis. Interprete as visões
antes que a razão te faça calar.

Se nossa opinião for ofender
o fálico pensar dos deuses tortos,
o volume do mar irá crescer

em ondas estourando nossos portos.
Analisando, pude compreender
que vivos ficam bem quando são mortos.