quarta-feira, 4 de junho de 2014

Uma deusa me disse.

A arte de gozar com paus alheios
remete-me as metas metazóicas:
Robóticas neurais sentem cólicas
e parem neuronais que mamam seios

sentimentais. Fórmulas simbólicas
compositora de todos os meios
que fazem da mulher, os devaneios
perceptíveis só aos homens picas

de todas as galaxias. É ela
que sente-nos de forma tão serena
e, compreensivelmente vela

a  nossa morte. "Hó, alma pequena
de falo erguido! Tua sequela:
Sentir meu peso leve feito pena".

O Helenista.



Afastei-me de Helena por medo
de que seu não poupar me extermine
de uma vez. Por mais que ela mine
com seu saber o meu maior segredo,

eu minto! Que ela examine
o  que pangea e leite de bredo
no olhar alheio faz. Em riste, o dedo
de um filosofar que extermine

incomensuravelmente o universo
desdobrável na mão da cientista
que analisará em um só verso

agradável ao teu ser, minha vista.
Dentro de tí, estarei submerso.
Ao emergir, serei tua conquista.

O Bárbaro feliz.

A morte e o luto são sagrados
valores que ganhastes nesta vida.
Se adiante pois fostes ferida
por alguns homens amaldiçoados.

Matou passado e, não arrependida
em tratar presente com os dois lados
dos seus lábios, deixas acomodados
nos futuros o peso, a medida

e o compreender. "Quando cavalgo
a mais selvagem flor, fico chiola
e sinto a doce Bárbara. Não salgo

a gia. Doce brejo me atola
em sua imensidão. Hoje galgo
sua felicidade e mais algo.

sábado, 3 de maio de 2014

Desligamento.



Estou exercitando livremente
a arte de deixar correr bem frouxo
a energia viva de um fluxo
perigoso. Solto em minha mente,

incompreensivelmente lhe puxo
com a força de um bruxo demente
que sent'amor apodrecer o dente
do homo sapiente pois o luxo

que lhe foi dado apodrece o cizo.
Desnecessaire.: Ato de jogar fora
o amor que se cola feito guizo

parasita na mente que aflora.
Necessaire.: A mulher que dá juizo
ao homem que precisa ir embora.


quinta-feira, 10 de abril de 2014

O homem corrimento.

Nervosa, quente e faceira, África
mira meus olhos. Peneira a peneira.
Areia fina no mar? Não! Só na beira
do mar. Peneira deixa passar quem fica

úmido. Barro construirá inteira
colônia humana. A reta pica
obeliscal não chegará ao céu. Fica
tentando alcançar o pé da rampeira

que destruiu Marte. Pela vez segunda
(em medidas de tempo que não conheço)
a fêmea marginal e vagabunda

selecionará o ser "obedeço"
pra ser fungo de sua gruta imunda.
A África me deu o que mereço.


segunda-feira, 24 de fevereiro de 2014

O tatuador de almas


                     Para meu amido Daví Duarte.

A arte que almejará a arte
compositora da essência que sua
ao perceber a derme que atua
feito pano de fundo do encarte

neuronal. O artista que tatua
perfeitamente as curvas de marte
sabe que a ciência é a morte
humana. Não dependemos da lua!

Deixar de lado a ignorância
impositora de estranhos ritos
que desequilibram a inconstância

imbaseada, farão com que mitos
improjetáveis sintam a macia
leveza que desdobram infinitos.


segunda-feira, 10 de fevereiro de 2014

O elevado feminino.

As curvas! O seu corpo é a forma
legítima da fêmea que carrega
no colo, o solo da terra cega
fertilizada sem pudor ou norma

mesquinha. O seu útero alega
ser mãe de Cosmos. seu leite entorna
em forma de chuva, a acqua morna
na cacimba que sangra. Ao mar chega

seu gozo, Deusa da fertilidade.
Eu, geograficamente falando
sobre os meus três anos de idade:

Senti saber imenso despertando
dentro de mim com a felicidade
de ver boceta já lhe adorando.

terça-feira, 28 de janeiro de 2014

Assassina

mamãe atentadora, me atente
com todas as melhoras que carregas
em seu altar. Bates nas pessoas cegas
para que a luz penetre a nossa mente?

Assumirás qual mater o que alegas
perante o teu semblante que garante
o seu clítoris ser o mais gigante
e obeliscal monumento? Chamegas

sutilmente onde podes assentar
o seu elevadíssimo pensamento?
Fincas-tes em meu peito um altar

capaz de me dar o grande tormento
que deixa vivo aquilo que vai tacar
a pedra na nuvem do pensamento.

Agradeço a Roberto Holanda pela magnífica arte.

segunda-feira, 20 de janeiro de 2014

Eu mantarei.

Não matarei, não montarei nem manterei
aquela coisa. Ficarei estático.
Desligarei-me e, no automático
deixarei tudo frouxamente correr.

Não mudarei, não mutarei nem migrarei
daquela coisa. Fumei um asmático
em seu quarto macabramente tático.
Tuberculose me falou: "Oi, meu rei!

A rede de tubérculos artísticos
me deixa bem! É lá que eu descanso
e canso os proprietários ricos

em ares revoltos. O pulmão, amanso.
Nem ar nem mar sangram. Somente Chico
menstrua no pulmão do corno manso.

domingo, 19 de janeiro de 2014

Bandido.

Sou administrador de bens alheios
formado por piratas bucaneiros
desbravadores de céus e terreiros
que fazem com que pintos sem seus pios

coloquem ovos vivos em papiros
descarregados nos mais podres rios
intermitentes.O Deus dos libertários
dejetam em podres banheiros.

Eu quero vomitar numa latrina
atemporal. Buraco de minhoca
se mostra no começo que termina

o meu cú sujo. A minha piroca
enquanto dura, goza e glande mina
a perversão de quem ama na oca.

quarta-feira, 15 de janeiro de 2014

Desafino

A musica popular brasileira
foi fatalmente influenciada
pela inteligencia manobrada
por alga direitista derradeira.

A morte do Sací anunciada
pelo pai da mentira verdadeira
e resguardada por uma mineira
feminista, antiga e drogada

que vive no mar, no ar e na mata
em que se formam novas vilas
aonde tem a fonte que te mata

afunda e não eleva. Cor lilás
é cor de caixão? É cor de barata?
É cor marginal? É cor de cem mil lás?

quarta-feira, 8 de janeiro de 2014

O fluxograma da besta fera.

Se a casa que habitas for tomada
de madrugada por seres insones
que tentam cessar seus sonhos com cones
tendenciosos, a somatizada

desgraça nua, mãe de Apaixones
montará o/a cavalégualada
intercedendo de forma errada
a vida brasileira de João Jones.

Terreno perigoso! Hoje piso
na rua em que flutuei com ratos
apoiadores de meu podre ciso

que cismado, sumirá com os aptos
valores ultrapassados. O riso
será dividido em quatro atos.

terça-feira, 7 de janeiro de 2014

A arte de broxar.

Vou empalar a natureza em um pau
que lhe queima por dentro. O resultado
desta tríade irá mostrar o sagrado
imediato que comandou a nau

assim que viu míssil teleguiado
singrar os mares e destruir, sem ser mau
elemento, o sustento da cabeça do meu pau
e do pau de um ser iniciado

nas artes dos tratados deste tempo
que cisma em ferir meu corpo torto
e corroído. Vivo em campo amplo

que se nivela em níveis. O porto
que parto feito parto posto em posta,
nivelasse ao que tu pôs e eu posto.