terça-feira, 28 de janeiro de 2014

Assassina

mamãe atentadora, me atente
com todas as melhoras que carregas
em seu altar. Bates nas pessoas cegas
para que a luz penetre a nossa mente?

Assumirás qual mater o que alegas
perante o teu semblante que garante
o seu clítoris ser o mais gigante
e obeliscal monumento? Chamegas

sutilmente onde podes assentar
o seu elevadíssimo pensamento?
Fincas-tes em meu peito um altar

capaz de me dar o grande tormento
que deixa vivo aquilo que vai tacar
a pedra na nuvem do pensamento.

Agradeço a Roberto Holanda pela magnífica arte.

segunda-feira, 20 de janeiro de 2014

Eu mantarei.

Não matarei, não montarei nem manterei
aquela coisa. Ficarei estático.
Desligarei-me e, no automático
deixarei tudo frouxamente correr.

Não mudarei, não mutarei nem migrarei
daquela coisa. Fumei um asmático
em seu quarto macabramente tático.
Tuberculose me falou: "Oi, meu rei!

A rede de tubérculos artísticos
me deixa bem! É lá que eu descanso
e canso os proprietários ricos

em ares revoltos. O pulmão, amanso.
Nem ar nem mar sangram. Somente Chico
menstrua no pulmão do corno manso.

domingo, 19 de janeiro de 2014

Bandido.

Sou administrador de bens alheios
formado por piratas bucaneiros
desbravadores de céus e terreiros
que fazem com que pintos sem seus pios

coloquem ovos vivos em papiros
descarregados nos mais podres rios
intermitentes.O Deus dos libertários
dejetam em podres banheiros.

Eu quero vomitar numa latrina
atemporal. Buraco de minhoca
se mostra no começo que termina

o meu cú sujo. A minha piroca
enquanto dura, goza e glande mina
a perversão de quem ama na oca.

quarta-feira, 15 de janeiro de 2014

Desafino

A musica popular brasileira
foi fatalmente influenciada
pela inteligencia manobrada
por alga direitista derradeira.

A morte do Sací anunciada
pelo pai da mentira verdadeira
e resguardada por uma mineira
feminista, antiga e drogada

que vive no mar, no ar e na mata
em que se formam novas vilas
aonde tem a fonte que te mata

afunda e não eleva. Cor lilás
é cor de caixão? É cor de barata?
É cor marginal? É cor de cem mil lás?

quarta-feira, 8 de janeiro de 2014

O fluxograma da besta fera.

Se a casa que habitas for tomada
de madrugada por seres insones
que tentam cessar seus sonhos com cones
tendenciosos, a somatizada

desgraça nua, mãe de Apaixones
montará o/a cavalégualada
intercedendo de forma errada
a vida brasileira de João Jones.

Terreno perigoso! Hoje piso
na rua em que flutuei com ratos
apoiadores de meu podre ciso

que cismado, sumirá com os aptos
valores ultrapassados. O riso
será dividido em quatro atos.

terça-feira, 7 de janeiro de 2014

A arte de broxar.

Vou empalar a natureza em um pau
que lhe queima por dentro. O resultado
desta tríade irá mostrar o sagrado
imediato que comandou a nau

assim que viu míssil teleguiado
singrar os mares e destruir, sem ser mau
elemento, o sustento da cabeça do meu pau
e do pau de um ser iniciado

nas artes dos tratados deste tempo
que cisma em ferir meu corpo torto
e corroído. Vivo em campo amplo

que se nivela em níveis. O porto
que parto feito parto posto em posta,
nivelasse ao que tu pôs e eu posto.