terça-feira, 27 de dezembro de 2011

Deusa da fertilidade.


Enfim, a deusa da fertilidade
se fez presente em minha vida infame
oferecendo o seio pra que’u mame
o néctar da tal felicidade!

Sua vagina é a liberdade
que eu adentro. Por mais que lhe ame,
por mais que seu lindo nome eu chame,
ela prefere minha lealdade.

Na hora em que me senti imundo,
senti ao mesmo tempo ser o tal
por ter encontrado no submundo

a deusa que saiu de seu portal
pois sempre existiu em nosso mundo,
amor entre uma deusa e um mortal.

quarta-feira, 21 de dezembro de 2011

Soneto.


Após a meia noite, ela desperta
com a coruja, o sapo e o morcego
buscando o aconchego e o chamego
de um ser que lhe ature sempre alerta!

Se a pessoa é fraca e não é certa,
seu ego ruirá com seu sossego
pois ela é capaz de deixar cego
aquele que não tem a mente aberta.

Essas personas são as que eu sigo
pois elas não almejam o que limita.
Não sei ser certo e por isso, digo

que tu serás chamada de maldita
pois o poder que tens é mais antigo
do que toda a história já escrita.

quarta-feira, 19 de outubro de 2011

Infernal.


Meus anticorpos cumprem seu trabalho
ao expelir de mim os corpos tortos
igual bucetas que fazem abortos
das putas que trabalham no serralho.

Os carnegões só representam mortos
que não valem o sêmen do caralho.
O pús esverdeado é o falho
canal de valas podres destes portos.

Se a inspiração vem do inferno
e ser um pecador é minha sina,
vomito sem brasão, canudo ou terno

pois minha mente sempre imagina
um ser detendo condição de eterno
ao ser pior que o mal que lhe domina.

terça-feira, 18 de outubro de 2011

Big bang biológico.


Teu calendário é teu. Particular
é o teu tempo. Séculos passados
criaram os zumbis, os abortados
e uma evolução peculiar.

Capaz de dar títulos aos coitados
e fazer um ser fraco despontar
pois você luta pelo despertar
daquilo que agora é finado.

Criamos os heróis imaginários
embora nossa mão sempre encontra
a mão que nos açoita nos calvários

Provando que o teu tempo aponta
todos os outros tempos necessários
capazes de gerar a grande afronta.

sexta-feira, 14 de outubro de 2011

Detendo o tsunami


Eu acredito que meu compromisso
no curto espaço desta vida infame
é provar que, por mais que você ame,
maior você será um submisso.

Mamífero primata com desmame
se traumatiza e não quer fazer disso
um rítmo constante pois é isso
que faz com que o mar sofra derrame.

Exterminando todos os amáveis,
acabaremos com os sofrimentos
e as situações tão deploráveis

que acompanham todos os tormentos
e causam atropelos explicáveis
de ondas que devastam pensamentos.

quinta-feira, 13 de outubro de 2011

Soneto de macaquices


Primata negro age com instintos
que nos pertencem. Estes obscuros
prazeres permanecem em escuros
quadrados que taxamos de recintos.

As arianas sentem seus paus duros
e são atraidas pelos seus pintos
obeliscais e fortes. Foram tintos
por tintas de elementares puros.

Por mais que o macaco-rei impere
e ganhe a loira noutro dialeto,
nossa razão lhe mata...lhe fere...

A régua da razão só mede reto.
Poder que é poder jamais difere
piroca branca de piroco preto.

quarta-feira, 5 de outubro de 2011

Viver e perder tempo...


Expurgo a virtude adquirida
em uma encruzilhada da vivência.
Assim que ela entrou em decadência,
observei sua luta perdida.

Se antes ela era sapiência,
agora é uma coisa apodrecida
que logo logo será expelida
garantindo minha sobrevivência.

Sou fraco e por isso me iludo
com a virtude que me fora dada.
O tempo é um bebê velho e barbudo

que corre de forma desenfreada
gritando que o passado era tudo
e que agora, o tudo não é nada!

O mártir da festa.




Que roupa eu usei naquela festa?
Até hoje não sei quem me vestiu
com as vestes da puta-que-pariu
o último bastardo que nos resta.

Que roupa eu usei? Você que viu
toda doçura branda que nos resta?
A gentileza dominando a besta...
Enquanto eu sangrava você riu?

A tosca falha de minha libido
unida ao trabalho que eu faço
deixou-me totalmente produzido

com corda no pescoço sem o laço,
e um poder humano resumido
a roupas e atitudes de palhaço.

sexta-feira, 23 de setembro de 2011

Magma mater.



Corri com mil cavalos corredores
por sobre as pradarias dogmáticas
das inverdades frias e asmáticas
globalizadas pelos mercadores.

Comi com mil glutões descontrolados
as máximas humanas já escritas.
Depredei túmulos, violei criptas,
dialoguei com seres abortados.

Na busca da verdade absoluta
achei, enfim, em quem acreditar.
Em meu peito finquei um altar
e dediquei-lhe toda minha luta.

Crucifiquei-me dentro dos vitrais,
depositei-lhe toda minha crença
e, em permuta, ganhei a doença
que me acompanha desde os ancestrais.

sábado, 3 de setembro de 2011

Um sonho


Lá fora nada mais existe. Sinto
delírios de uma mortuária
e mui sinistra câmara binária
capaz de ver verdade onde minto.

Um mundo livre da imaginária
verdade que te deixa tão faminto
e sempre vai apertar o teu cinto
mantendo-te em condição de pária.

Eu sonho sempre com a heresia
de que a terra que come defuntos
digere os ferros com a maresia..

somos cadaveres predestinados
pois a verdade e a hipocrisia
andaram sempre com os braços dados.

terça-feira, 30 de agosto de 2011

Inconsciente, ser e pensamento.


Carruagem, condutor e cavalo
é nave com piloto de coragem.
È um buraco negro de passagem
além do céu ou abaixo do ralo.

É trilho reto livre da paragem
que amacia causa e abalo.
É uma rua, um pé e um calo
interagindo em uma viagem.

Resgato de um sonho por inteiro
buraco de minhoca e atento
meu filho, oito baixos companheiro.

Um sonho teu, a nuvem e o vento...
carro com motorista e passageiro.
Inconsciente, ser e pensamento.

terça-feira, 23 de agosto de 2011

mortalha não tem bolsos


Inverso ao vampiro, funciono
alimentado pela negativa
energia que mata a coisa viva
e sempre tirará o rei do trono.

Absorví o negro e tive sono
na continuidade tão lasciva
que satiriza. Eu tive uma diva
deixando-me pensar ser o seu dono.

O morro do alemão me espanta
pois no seu cume vi vento que choca
e, logo após,magia que encanta.

Criança do complexo, na toca,
sentindo o verme subir a garganta
e lhe extraindo.Poder vem da boca.

Pobre menina rica.


Detendo tudo, ela usa nada
mesquinhamente. Segue a perdida
prisioneira alma já vencida
nos primeiros degrais de uma escada

por ela parcamente compreendida.
Se não existe nada que lhe agrada,
a valorização foi retirada
antes da desgraçada sua vida.

Pesadas nuvens negras destacadas
a guiar tua nobre compaixão
de sentir todas as covas cavadas.

Se a desgraça bate no caixão
é porque para poucos foram dadas
alegorias e formas de paixão.

Sem futuro.


Eu me confundo na encruzilhada
eterna que aguarda meu despacho
final. Ela espera o seu macho
lhe dar a coisa que nunca foi dada.

Quando chegar a minha hora, racho
a crosta dura que veio mandada
antes da formação de tudo. Nada
será mais luminoso que meu facho!

Com a visão de gato e de pantera
veremos como se desdobrarão
os nossos universos. Quem me dera

ditar agora minha opnião!
A força que mais cria e regenera
é dado ao deus que dá destruição.

terça-feira, 16 de agosto de 2011

Espera maldita.


Os vermes que habitam tua entranha
alheios as ações externas dada
a sua carcaça ultrapassada,
esperam tua morte. Tua sanha

de nada adianta pois o nada
é bem mais forte que o perde/ganha.
Inevitavelmente ele apanha
e toma sua vida pré-moldada.

Mãe terra guarda tantos pecadores
em sua crosta que quando entoar
a verdadeira música no ar
iremos dar valor as nossas dores.

Acharemos pequeno nosso mar
ao descobir todos os seus terrores
com sapiência dos desbravadores
que manipulam a arte de amar.

Somente em pensamento é possível
interagir de forma futurista
pois a melhora foge desta vista
rudimentar, passada e irrisível.

Enquanto isso o teu verme espera
a tua carne morta sucumbir
na sapiência de quem sabe agir
no tempo certo e não se desespera.

Sacrifício


Para Amy.

A vida é um jogo de interesses
que manipula todas as vontades
expostas em postas para edem, hades
e tempo na cadência dos meses.

Na cumeeira, livre das maldades,
o homem santo mama com as rezes
em um curral que dá valor as fezes
de onde brotam fungos da verdade.

Procuro entender certos valores
que são ditados com grande antemão
a pensamentos tão superiores.

O tempo destrói tudo e tem tesão
em sacrificar jovens criadores
na pedra que gerou a explosão.

quinta-feira, 28 de julho de 2011

Ingleses, dentes e pontes.


No mais, canais são só uma vertente
a exasperar forças de ondinas
ferinas tanto quanto estas minas
que dilaceram a carne da gente.

No menos, a beleza das vaginas
se mostrará de forma não latente
pois o poder não é o que se sente
ao ver força sair. Tú imaginas

a carne rosa pura de bondade.
Gengivas da cor destes bacanais
que dá ao dente toda pruridade

e ergue pontes sobre seus canais
guiando as águas podres da cidade,
banhando as bocas destes marginais.

quinta-feira, 14 de julho de 2011

Melancolia tumular.


Passado morto sendo astro triste
num canto sem encanto. Infinito
aguardará estrela e atrito
no negro obituário que insiste

em resguardar um pavoroso grito:
Pássaro preso vive do alpiste
e da melancolia que tú viste
ao sentir o diabo do delito.

Assim que tua carne for arder
assada no carvão do submundo,
uma semente podre irá nascer

num poço fundo. Lamaçal imundo
jamais fará a razão entender
a coisa mais tristonha deste mundo.

A morte do Rock'N'Roll


A pedra mais antiga do planeta
ao rolar, gerou música profana
que desencadeou o que emana
do cabaço lascado da gameta.

Diferente de uma fé insana
baseada no que se intrometa
no falo erguido e na aberta greta,
o Rock rola em forma não humana.

Contra-corrente não conduz entulho
e boca de cordeiro sempre berra
a falsa paz que só nos dá engulho.

Não será a desgraça ou a guerra
que matará o rock. O barulho
ausente mata o rock e lhe enterra.

quarta-feira, 13 de julho de 2011

Solstício de inverno.


No mais longo dos dias deste ano,
visitei novo plano. O diferente
foi acordar com o meu corpo quente
interno no inverno deste cano.

Com este indício forte eu fico rente
ao pensamento livre e sobre-humano
de carnes que não passam neste insano
condutor da passagen inerente.

Acima do que poder de ser bolor
e mais ainda, do que é eterno,
seremos parte do ser incolor.

Até sentimos o que é inverno,
primeiramente tendo este calor,
conduzirei imagem do eterno.

segunda-feira, 11 de julho de 2011

Mussun forévis!


Três coisas a bebida irá causar:
Nariz vermelho,sono e urina.
Devassidão: Provoca e extermina.
Desejo dá, lesando o atuar.

Assim como ela cria, elimina.
Acende pra depois vir apagar.
Persuasiva, faz-te acreditar.
Depois, dissuasiva, seca a mina.

A síndrome da "puta arrependida"
é o castigo pra quem bebe mé
sem um controle, termo ou medida.

Aceleradamente eu vou de ré
apenas pra falar que a bebida
levanta sem poder deixar de pé!

quinta-feira, 7 de julho de 2011

Mulher no poder.





A fina flor agora está zoando
o bicho homem. Ele acuado
não se adaptou ao que foi dado
e morrerá se for sair voando.

A flor tem pensamento elevado.
Em menos de cem anos no comando
provou que sempre esteve devorando
o ser primata pela flor tarado.

Sou homem que apóia o que aflora
nesta revolução viva que assola
o pensamento morto de outrora:

Perdendo a razão o homem imola
um ser.A abre caixas de pandora
extrai seu dente.Homem na gaiola.

quarta-feira, 6 de julho de 2011

Hell de Janeura


O caos está aqui. O nosso trânsito
É o peixe morto a beira mar
sacrificado ao não imaginar
o que pelo silencio já foi dito.

A musa queima e mata o meu escrito
extraído de mim ao imaginar
que Rio de Janeiro não é mar
e sim, formulação de um delito.

Aqui chorei, sangrei,vi e vivi.
Só não morri por que o meu trabalho
Superou o veneno que bebi.

O rio não é mar e sim serralho
Pois ao me desdobrar eu percebi
Que temos que melhorar pra caralho!

terça-feira, 5 de julho de 2011

Soneto ao passarinheiro.



Voar em nevoeiro. O ar impuro
estranha a própria terra que habita.
Sendo julgada vidente imperfeita,
sumiu indesejada. Mal agouro

corrompe homem com poder e ouro
e um grande terror na mente incita
cessar a luz. Desejo negro excita
o teu poder e o poder do touro.

Falei do passado covarde e triste
imposto pelo homem. Ser primata
com a política do dedo em riste.

O líder bom é aquele que mata
o passarinho preso sem alpiste,
sem ninho, sem água, sem mata.

segunda-feira, 4 de julho de 2011

Bruxaria!


O freio filosófico cristão
que deu a mulher título de puta,
apagou fogo, reprimiu a luta
mais não cessou sua revolução!

A nova fêmea hoje já transmuta
além do pensamento de Platão
pois fofocava antes do alcorão
entregue ao valor de sua labuta.

A bruxa hoje é a mulher louvável
que sente que o futuro lhe reserva
o poder de direito, hoje palpável..

Se Adão deu seu falo a Minerva,
a covardia agora é explicável:
Mulher é flor. Homem é bicho e erva.

Arma terrorista de Deus.


Pensar: um mar eterno de opções
incontroláveis. Como controlar
eternas ondas deste imenso mar
devorador de todas as razões?

É madrugada. Há ressaca no ar
distribuida em sonhos de ilusões
palpáveis. Interprete as visões
antes que a razão te faça calar.

Se nossa opinião for ofender
o fálico pensar dos deuses tortos,
o volume do mar irá crescer

em ondas estourando nossos portos.
Analisando, pude compreender
que vivos ficam bem quando são mortos.

quinta-feira, 30 de junho de 2011

Soneto de amor


Adoro tua cor vibrante e forte
que me atrai feito imã potente.
Não posso imaginar você ausente
pois este pensamento é minha morte!

Quando te beijo, o meu corpo quente
eleva-se e ganha novo porte
pois teu amor sincero me dá sorte
e faz meu sentimento mais latente.

O teu perfume age em meu lixão
tal qual a ave age no seu ninho
cedendo um lar a quem sai do caixão

tão trôpego. É tão nobre o caminho
que trilho. Embriagado de paixão
cantando os encantos do bom vinho.

segunda-feira, 20 de junho de 2011

Liberto.


Felicidade é o que eu vivo
e forjo por ter grade de artista
capaz de fugir do clichê da vista
do verme que se considera altivo.

Felicidade: ter meu nome em lista
no cume mais alto e incisivo
que serve como um grande pivô
separador desta doença mista

de um pensar palpável que se alcança:
Um passaro enfim sendo liberto
das garras da maldita esperança.

O teu inferno agora está perto
e é medido em prato de balança
martirizado pelo que é certo.

domingo, 19 de junho de 2011

Lama decomposta de terreno morto.


Esqueçam as ciências ensinadas
a uma humanidade violenta
que tem como intento uma fomenta:
maldades nunca antes alcançadas.

Vale maldito! há bom ser que tenta
levar verdades sempre ensinadas
as almas que não foram enterradas
na cova deste vaso que deus senta.

Não gosto da palavra compaixão
que Kafka morfou em merecida
barata asquerosa da razão

de um zumbi sem alma. Perdida,
drogada por Maldade e Ilusão
e queimada por Cosmos nesta vida.

Arcano Futuro Palpável.


De onde brota este condutor
capaz de fazer teleguiação
e transformar a minha condição
liberta da tutela do tutor?

Quem foi capaz de fazer a menção
mudando o titular para um“dutor”
especialista em canos do motor
sentimental que quer manutenção?

Invoco nome forte e santo: Anás
que tem força cortante como laser.
Sabemos que na manga tens o ás

que morfa o caos em área de laser
deixando o sentimento para trás.
Borracha e óleo compõe novo ser.

Matriz pré-socrática.



Se não manipular-mos essa luz
que vara nevoeiro e ar impuro,
seremos só as vítimas do duro
espelho grosso. Ele reproduz

imagens projetadas em um muro.
Existem seres buscando o capuz
que cobre a cabeça que seduz
o pensamento puro como ouro

passado ao humano adolescente
e ao mais velho ser que hoje existe.
Deveras a razão foi inocente.

Na madrugada, o morcego insiste
em pertubar a paz de minha mente
trazendo Côncius com seu dedo em riste.

sábado, 11 de junho de 2011

Duelo no sertão que já foi mar


Insisto porque nunca desisti!
Lutando em manter-me atualizado,
sinto sumir o traje massacrado
e a roupa nova que ontem vesti.

O existir do fogo me alimenta
e queima o que fomento. Eu não presto
pois ante esta justiça eu atesto
o plano que Maquiavel atenta.

Durante a queda fui ganhando senso.
Perdendo musas, eu não fraquejei
e recorri a tudo que eu sei,
que imagino, vivo, sinto e penso.

O pobre ser ganha a condição benta
regada a fé, verdade e palavra
pois sertanejo bom é o que lavra
aquilo que seu pensamento tenta.

Desculpe a frialdade impessoal
que leva-me na corrente contrária
da coisa que de forma arbitrária
invade minha vida pessoal.

Eu sei que o que mais te interessas
é eu te elevar e vice-versa
em uma troca pura e imersa
no que me foi mostrado as avessas.

Capaz de sentir todas as magias
naturais que escondem os segredos
envoltos entre seixos e lajedos
e em salobras águas que tem gias,

recorrerei a meus antepassados
buscando inspiração para ditar
o que eu possa enfim imaginar
no tempo dos relógios atrasados.

Nasci em um sertão que já foi mar.
Por isso nado pra morrer na praia
que representa o fim de uma raia
que jamais poderei comensurar.

Meu Pai que viveu lá sentiu a força
em extinção que guia o gênio rude
lhe dando atitudes que não pude
botar em voga. Que a palavra torça!

Exaltarei agora nestes versos
seus feitos livres do clichê imposto
pois tudo que pai fez,fê-lo com gosto
d’um sertanejo em um mar imerso.

Emergirei do chão de sal e sol
a coisa antiga, viva, conservada,
e mundialmente aclamada
por um sinal universal: O “lol”.

O umbigo de Pai era no peito
devido ao desafio que aceitou.
Antigamente o ser que lhe peitou
resolveria a treta deste jeito:

Insulto é pessoal,intrasferível
e resolvível de maneira nobre:
Só um fará com que o outro dobre
da forma mais estranha e terrível.

São dois humanos com duas peixeiras
empunhadas em cada mão direita.
A sinistra amarrada nunca peita
o fim destas histórias derradeiras.

Começa o duelo dos mortais:
Amarrados se rasgam, impedidos
de se distanciarem dos perdidos
buracos de minhocas tão letais.

Meu pai sobreviveu ao desafio
por ter valor de sentir oito vezes
a musicalidade dos revezes
que de tão simples, passa em um fio

liberto dessa lei tão soberana.
Vim de queimadas e vi em queimados
as coisas que não soam de bons grados:
A faca fina que rasga a membrana.

Não há ato tão nobre quanto a briga
destes dois seres amarrados. Vera
é desvendar o que essa quimera
deseja que a humanidade siga.

Resumo: Mortandade fez a festa
em golpes altos,baixos.Foi o médio
que rasgou intestino e intermédio
de Pai. Calor que sinto hoje atesta.



Continua...

quarta-feira, 1 de junho de 2011

O despertar dos sonâmbulos.


Eu sei como despertam os sonâmbulos
pois vi a noite seus leitos malditos
e, num buraco negro, gens aflitos
tentando completar macabros ângulos.

Percorrem em milésimos o infinito
explodindo as estrelas super-novas.
Despertar os sonâmbulos de suas covas
É repetir de novo, um velho rito.

O mito vivo descobre os sinais
e nada mais lhe faz ar de mistério
pois, o caminho para o necrotério,
só causa medo ao julgar dos mortais.

Revela que a palavra e a loucura
tramam pra que sonâmbulos acordem
em meio a todo caos e a desordem
pois eles representam a arte pura.

Não religião.


Religião representa o nocivo
retardo no pensar da humanidade
distorcendo o bem e a maldade
e transformando ativo em passivo.

Usou razão com grande frialdade
para gelar o coração altivo
matando ainda em vida o ser vivo
com dogma, doutrina e castidade.

As vezes dá vontade de gritar
que o ladrão e crápula assassino
disfarça-se com um manto no altar.

Não acredito em bispo ou rabino
e sinto grande náusea ao escutar
a santa igreja badalando o sino.

Aceleração de pensamento.


Wando escreveu “coisa cristalina”
recitando o prazer em cheirar pó.
Zeca Pagodinho então, sem dó,
declamou várias sobre a cocaína.

Trancado no banheiro eu estou só.
Acomodado sobre essa latrina
vou aspirando uma carreira fina
enquanto a merda sai do fiofó.

Escrevo pois não gosto de falar
da força que me puxa e me atola
na segurança pura do meu lar.

Confesso que até já cheirei cola
mas nestes versos quis articular
que ontem a noite aspirei brizola.

Foda-se!


Entendo pouco psicologia
e, até tenho certos pré-conceitos
por não compreender como defeitos
merecem mesmo tanta apologia.

No continente africano os peitos
da mãe de Freud antes nunca agia
conforme age a vã demagogia
retirando seus ritos de direito

de serem pais do rock e condutores
da mais moderna arte expressionista.
Saqueados por muitos escritores

Intérpretes da má iluminista
criadora da guerra. Escritores?
Geravam a coisa falsa e chauvinista.

Devaneios.


Em uma noite estive com Quimera
e um sonho maior pude apalpar.
Foi coisa forte que pude escapar
alegoricamente vivo feito fera.

Fugi ao céu pra me livrar do mar
porém o mar, absolutamente espera
absolver da mais negra pantera
instintos novos para imaginar.

Busquei poder quando ele enfadonho
mostrou-se imenso,porém sem a gula
que teve no passado.Eu suponho

que o mar desolado só engula
aquilo que eu tiro e não ponho
no documento longo desta bula.

terça-feira, 31 de maio de 2011

Quatro estações


A primavera te fez renascer
mais não matou o teu pensar passado.
Veio o verão que lhe deixou queimado
na tentativa de fazer crescer

em um outono já alienado.
Inverno nunca irá te florescer
pois ele representa o morrer
e o renascimento do coitado.

Lição somente para os mortais:
Não reduzir-se a vermes ou bacilos
pois mesmo misturado aos boçais

iremos dar valor a nossos templos.
pensando desta forma logo mais
faremos valer quatro novos ciclos.

SONETO DE LUTA CONSTANTE.


Fugiu do raciocínio ver-te pária
assim como saiu pela tangente
o julgamento humano e pungente
que te pegou p'rá cristo. Gente otária

jamais visualizará o dente
do primata. A interplanetária
sabedoria é involuntária
e só é dada p'ra quem não é gente.

Macumba pega só em quem aceita
e se deleita em saber que não pode
lutar contra o domínio de uma seita.

Ramon falou assim: - Então, não fode!
jamais serei expiatório...Eita!...
estão querendo transformar-me em bode!

A dama do hades.


Teu nome é morfológico e forjado
em uma forma diferenciada
da morfo do cadáver. Carne dada
aos vermes não lhe soa de bom grado.

Senti a vila nova sendo dada
ao pensamento puro e elevado
assim como o Fonseca já foi dado
a quem secou a fonte tão amada.

A primavera volta e o mundo gira
em supernovas livre da vertigem
de se queimar em um verão de ira.

Razões são pensamentos que dirigem.
Sabendo que tu podes ser mentira,
Jamais indagarei a tua origem.

segunda-feira, 30 de maio de 2011

Carnaval no inferno.


O paganismo é puro e vertente
da mesma condição de fazer arte,
ter livre arbítrio pra viver em Marte,
amar a sorte e ter a morte em mente.

Ignorancia sofrerá enfarte
por não absolver algo latente
que sempre foge da mente que mente
e simplesmente vira um encarte.

Aqueles que repetem a lição
repetitiva desta nossa escola
se queima como se queima o carvão.

A nossa vida rola como bola
numa disputa de competição
que nos emerge ou que nos atola!

A uma amiga que não conheço.



Complexo é tentar em um soneto
falar que o set list que fizestes
é o meu gosto musical em testes
num mar tão singular que eu me meto.

Conheço muito bem teu dialeto
e sei que esta capa que tu vestes
não vem de Minas. Ventos sudoestes
pertubam os mutantes do oeste.

A andorinha pura, viril, quente,
migrou com a ternura do momento
a uma condição que lhe alimente.

Se o tornardo for virar tormento
a ponto de fazer ranger seu dente,
abra suas asas e fuja num vento.

Eu e os mortos da guerra.


Depois de ver a musa que eu amava
sangrar até a morte em uma esquina
de uma encruzilhada em minha sina,
ganhei a coisa quente como lava.

Depois segui em frente na surdina
de não saber o que eu procurava.
Perdi motivação que eu amava
e fui expulso da quente vagina.

Porém, Silêncio fez-me escrever
agindo como agia o cigano
que some antes que a gente possa ver.

Dizendo-me assim(se não me engano):
-Tú só não és zumbi por escrever
o que eu penso fora deste cano.

Trabalho.


Aqui tem sopro quente e reza forte.
Metade do que escrevo irei queimar
em um fax primata. Vou teimar
em aceitar o brio de meu porte.

Vampiro se alimenta de meu corte
assim como a ciência quer o mar.
Só o desconhecido faz amar
Pois é o amor que desconhece a morte.

A metade que não queimei eu peço
Em um pensar livre do perecer
das coisas fortes que eu não esqueço.

Eu lembro de quem fez por merecer.
Trabalho punk eu sempre fortaleço.
Mais que se foda! Não quero saber!

sábado, 28 de maio de 2011

Mãe terra parideira de zumbis.



Cova rasa. A carne dada aos vermes
cumpria já o seu mais nobre ofício
alimentando a terra e o seu vício
de acabar a cor de nossas dermes.

O fim do ciclo agora é o início
que cria novas veste para Hermes,
mais fraco ou mais forte que os germes
presentes no princípio precipício.

Verdade não faz sombra em alto cume
e seu poder faz com que o herói congele.
Por isso nossa carne é um estrume

sem força nem valor dum ser que vele
dizendo que a terra é o curtume
que aproveita mal a nossa pele.

quinta-feira, 26 de maio de 2011

Soneto de demasia.


Agora posso estar sendo um sátiro
que rí enquanto leva uma porrada
de um falso amigo. A disparada
soa tão forte quanto soa um tiro.

Já que sou um demônio da passada
verdade apresentada num papiro,
posso criar a "vera que eu miro"
e acabar com o pensar do nada.

O que criei terá um adereço
pois o expurgo soa como um grito.
Analisando a fundo o que mereço,

desesperado soltarei o atrito
que selecionará os que conheço
a um pensar enorme e infinito.

Laranja


Eu falo pra você chupar meu falo.
Tu falas que sou porco sexista,
embora penda mais pra anarquista
pois cuspo, grito, bato e não calo.

Fascista, militar e neo-nazista
tem tudo mesmo é que ir para o ralo.
O verdadeiro punk é um calo
nesta sociedade consumista.

Você se diz ser punk pra caralho
mais ao invés de sair para a luta,
vive como uma puta no serralho

mesclado com uma virgem que debuta:
Na frente da galera é um alho,
no entoque é uma rosa sem labuta.

quarta-feira, 25 de maio de 2011

Respeite os oito baixos de meu pai.


“Respeita os oito baixos do teu pai”
Luiz Gonzaga.


A música tocada neste fole
nenhum maestro poderá pautar
pois só quem guia o fole irá notar
o individualismo do controle.

Ainda neste blog irei postar
meu pai tocando para sua prole.
O instrumento puro sempre bole
o que não pode se comensurar.

Primeiro vi tí Silva soberano
guiada por um músico nervoso.
Pelo que conheci, se não me engano,

meu pai agia sempre pavoroso.
Liberto do clichê no escuro cano,
Papai agora é forte e sobre-humano.

Confissões de um otário


Teve uma vez que eu fiz um assalto
a mão armada por necessidade.
Não agi de má fé nem de maldade
e tudo correu bem pois fui incauto.

Vendia drogas por toda a cidade
e minha moto velha no asfalto,
fazia-me brilhar como o cobalto
que despreza metal que funde grade.

Palavra forte irá acontecer
quando ela for tecida numa roca
por uma aranha punk a me dizer

que esse oito baixos que Pai toca
antes da morte nos apodrecer
trará nosso buraco de minhoca.

Soneto anal



O cu mais que um órgão é uma loca
escura e, dependendo do sentido,
pode expulsar e pode ser metido:
Vomitar merda e engolir piroca.

Pequeno, cabeludo ou fedido.
Fodido na suíte ou na maloca.
Na contra-mão é que ele vira toca
e entoca quem quer ficar escondido.

Mantendo-se fechado ou aberto,
falar de cu é uma grande besteira.
De uma coisa sei que estou certo:

Quero comer uma mulher faceira
e parafrasear o “Rei Roberto”
te cavalgando uma noite inteira.


“Vou cavalgar por toda a noite
por esta estrada colorida...”