quinta-feira, 27 de junho de 2013

Apare seus pentelhos.


Mulheres gostam de sentir o toque
sensível dado por quem é sensível
ao toque leve e quase invisível                               
que dá a curva de seu corpo, um choque!

O homem-macho nunca terá nível
nivelador. Pandora não é roque.
É a bala atirada do badoque
para machucar a coisa incrível.

Revolução? Imaginar imagem:
Ovo redondo sendo atirado
com toda força. Estas forças agem

indiferentes ao poder irado
que pensas dominar. Uma visagem:
Úmida gruta. Risco. Pau molhado.

domingo, 23 de junho de 2013

Morrer dignamente.

Que não me enterrem nesta terra quente
e nem me lancem neste frio espaço.
Prefiro a densidade de um baço
dominado por  uma água ardente

que  antes de derreter nossa mente
nos transformou em  guerreiros de aço
isentos  deste  milenar cansaço
que nos arrastava nesta corrente.

Poderes são legítimos e nossos!
Estamos vacinados contra os cancros
que adoecem nossos compromissos.

Por entre tantos trancos e barrancos
Veremos a brancura em nossos ossos
respeitando esses cabelos brancos.



Complexo de Tim Lopes.

O jornalista servidor da mídia
documentava com seu falso ego
corrupto e montado feito lego,
a exaltação da sua perfídia.

Sem ter noção da força do chamego
que lhe arrasta para a covardia
alimentadora da tragédia,
carregava a palavra que nego

e se enrosca entre os vitrais
que, pela arte, é desvalorizado.
O amaldiçoado não vê o cais

 por não passar de um ser desgraçado
fadado a mortes antinaturais.
Com seus documentos, será queimado.


quinta-feira, 20 de junho de 2013

Dia dos malditos namorados

Monge budista evolui queimando
a sua carne humana sem valor
pagável.Ao obter  esse calor
derretedor de banha, vou ganhando

o filtro que inala o vento-mor
em meu nariz insensível  ao ranho
pertencente a classe deste sanho
doente e pretencioso. Amor

chupando gostosinho aquela gruta
úmida em que deslizo minha nau
feita de pau. Onde meu pau tá, truta?

O teu amor faz bem para teu ser? Faz  mau
ao beijar  qualquer boca?  A velha puta
já começou a dar o cú e a chupar pau?

sexta-feira, 14 de junho de 2013

97,9%

Matematicamente, estatística
está fugindo por uma tangente
capaz de confundir frio com quente
e encolher enquanto se estica

neste imaginário da mente
posicionado transcedentalmente
na porta da buceta. Dura pica
será apenas uma vertente

obeliscal da imagem frustada
e ultrapassada de um selvagem
incapacitado de obter uma foda

com lésbicas que curtem viadagem.
A doida inocência é baseada
no índice geral da fuleragem.




quarta-feira, 12 de junho de 2013

Sou um refluxo.

Eu percebi a marginal crescendo.
Tentada, elas quis influenciar
As forças que eu respiro no ar.
Julguei como atentado ao meu adendo

E deixei correr frouxa a corrente do mar
Que libertou a fonte do rio nascendo
No morro. Morro. Morro envelhecendo
Livre da ignorância de amar

Deixará  correr frouxa a vadiagem
Que rompe e discorda deste fluxo
Ridículo que criou de sacanagem

Uma palavra chamada refluxo.
Ironicamente a fuleragem
Deixará tudo livre a correr frouxo.

segunda-feira, 10 de junho de 2013

Vão se foder!


Não venham me falar de alienígenas
pois os dois gatos que vivem comigo
me avisaram que o inimigo
maior, são as imagens e as cenas.

Não venham me falar do “vale abrigo”
pois os dois velhos gatos de Atenas
falaram: _Inimigos são apenas
os joios separando-se do trigo.

Baratas, abelhas, mosquitos, cenho
franzido, boto cor de rosa, aço
líquido, porra que em meu saco detenho,

estriquinina, ranço e cigarro em maço
não me preocupa mais pois hoje tenho
dois gatos ocupando meu espaço.

Derviche.

Maravilhosos Derviches me cercam
encarregados de continuar
a trazer o eclipse ao luar
filmando tudo com a sua cam.

Quem gira é capaz de acuar
os estáticos que apenas ficam
preocupadinhos com os que pecam.
O rio em um mar, quer desaguar.

Na condição de um sábio demente,
reconhecí que a jóia mais rara
virou semente. Um dia foi gente

que percebeu a música que vara
o Derviche que gira eternamente
em um movimento que nunca para.

sábado, 8 de junho de 2013

Quatro


No verão negro, injetaram câncer
que deu ao outono branco, a demência
invernal...Amarela...Paciência
de ver melhor o vermelho tecer

a evolução de envelhecer
para recordar que a inocência
não tem o tesão que a adolescência
fará a maturidade crescer

sem reconhecer que o verão,
o outono, o frio inverno
e a primavera nada mais são

do que representações do inferno
perpetuadas em uma dimensão
em que o quatro é um ser eterno.

Cientista macumbeiro.


sentir a força sobrenatural
dos arquértipos vivos. Natureza
mostrará graciosa e com leveza
a um simples mortal esse plural

infinito da palavra beleza.
Isso não se expõe em um mural.
O individualismo é gutural
e despreza o popular. Que dureza

sofrer por eu provar que não é vossa
a pequena partícula inteira.
Não é preciso amassar a massa

para saber ciência verdadeira
dando devida valorização a nossa
Macumba-Vanguardista-Brasileira.

quinta-feira, 6 de junho de 2013

Roupa suja não se lava em casa.

Escove com violência! Tecido
livre de sujeira. Desgastada malha
sumirá sem o sujo qu'atrapalha
o "Historicamente conhecido"

O senhor do castelo sempre falha
pois se acomodou no perdido
pilar da velha casa. Tá fodido
por velha instituição que talha

na mente podre da alma perdida
essa imagem: "Escova que desgasta
a teia suja que não é vencida

nem limpa". Ela é suja. Não tem casta.
vive marginalmente. Está perdida.
Não se lava na maldita casa...Basta!