terça-feira, 28 de agosto de 2012

O heterodonte

tro

Tempo complexo, Deus anexo
em despertares tênues dos seres
que querem hoje esses quereres
vulgares intrínsecos nos sexo.

Quem vive no abismo dos poderes
pendem. Quando pendem querem nexo
nesse desleixo: Côncavo/convexo
que faz tremer o cosmo e o alferes.

Se no escuro eu acendo vela
equilibrada no meu candelabro
obeliscal que tua brecha mela

acabarei com o termo macabro
trocando caixa de pandora pela
boceta...bocetinha que eu abro
.

Ego feminino.



Capataz incapaz foi subestimar
o fogo qu'alimenta nobre causa.
Capaz, vejo que forte fêmea usa
aquilo tudo desse eterno mar.

Imensidão que tua mente abusa
ao costurar retalhos de amar
dos sonhos teus. Podes inanimar
o vivo. Esse vivo te acusa,

te prosta e te derrete. Viva, vias
o outro lado da carne quebrada
que no sofrer lhe mostrou que devias

observar que quando fraquejada
irias ter aquilo que previas:
Ceder o seu amor pra ser amada.

Na cumeeira.



Sentir o movimento da estrela
liberto a caminhar no firmamento
contendo eterno amor em um momento
que tenho só pra mim, a flor mais bela.

Amar-te dessa forma tão singela
alimenta o pensar que eu fomento:
Bailar equilibrado: Pena em vento
quente que queima e frio que congela.

Percebí na razão de um ateu
que coisas simples equilibram. Juro
que sentí as dores de Prometeu!

Porém mais forte derrubei meu muro
assim que recebí num beijo teu
preciosos cristais de amor puro.



quarta-feira, 8 de agosto de 2012

Reflexo da sombra.


A tu’imagem exposta nu’spelho.
O sol de luz que mostra sua sombra
de mulher desdobrada na penumbra
do ceifador sinistro. Impecilho

assolador daquilo que assombra
os que não compreendem que o milho
da mesm’espiga após o debulho
carregará ná alma, o pentelho.

A morte se explica em forte vento
que, violentameente e sem nexo
culminará em  sexo violento.

Arcano obscuro e convexo
está a me mostrar comportamento
de quem perdeu a sombra e o reflexo.



Sagrado feminino.


Completo ao lado teu. Cômodo fico
no aposento dessa nobre casa
colméia de abelha uno. N.A.S.A
Jamais explicará cômodo rico.

O big bang numa cova rasa
não subestima do amor o pico:
Sistro que afasta o maléfico
delito quente. Terra extravasa

a lava de vulcão que torra o couro
do macho rude que é um menino
vivendo nas touradas feito touro

por não compreender que o divino
é mal agouro que conduz o ouro
contido no sagrado feminino.

quarta-feira, 1 de agosto de 2012

Arcano precioso.



Latejou quente a flor carnal pulsante!
Cedeu-me seu odor na madrugada
das almas perdidas. Desceu a escada
que leva-nos ao inferno de Dante.

Atemporalidade segue avante
maltratando o corpo da coitada
com um intenso canto em disparada
fazendo com que a Lua a alma encante

seus puros obscuros pensamentos
libertos da justiça. Os delitos
desse seu ego serão os tormentos

capazes de gerar grandes atritos
de devastantes ondas, mortais ventos
contidos nessa flor de mudos gritos.