
quarta-feira, 17 de novembro de 2010
quarta-feira, 10 de novembro de 2010
O tempo destrói tudo.
O tempo destrói tudo!!
Rildo Aragão.
O tempo destrói tudo ao meu redor
tornando-o mais que um inimigo
pois além de traçar o que eu sigo,
tem o maior Q.I inovador.
Está sempre a frente do que digo
e tem um poder tão destruidor
e forte que nos faz sentir mais dor
do que a traição de um amigo.
O tempo está além do pensamento
pois ele já tratou de sepultar
todos arcanos a nos ocultar
as formas de lidar-mos com o tempo.
Levando tudo isto em conta vejo
o quanto desgastei-me e sucumbi.
Bastava a alegria de um zumbí
ao lado meu pra ter o que almejo:
Eu, particularmente adorei
a manifestação do morto-vivo
que hoje se mostrou bem mais altivo
do que o candomblé e o johrei.
O morto amarelo do oriente
sobreviveu a ponto de passar
uma idéia livre a atravessar
as gerações de seres conseqüentes
O morto avermelhado do ocidente
só vive entre os trancos e barrancos
pois a corrupção dos seres brancos
secaram sua fonte tão latente.
O morto preto continua morto
pois esta é a sua condição:
viver só no período do verão
em uma sensual “dança do torto”
O morto branco se difere pois
consegue captar linguagens mortas
sabendo adentrar as poucas portas
que diferem os humanos dos bois.
segunda-feira, 8 de novembro de 2010
segunda-feira, 1 de novembro de 2010
Física moderna.
Física moderna
Rildo Aragão.
para Bárbara no outono de 2010.
Os quatros ciclos conspiraram para
que nosso encontro fosse puro e denso
pois, em janeiro, tudo é intenso
e o senso do outono nos ampara.
Tomara que no inverno(tomara!)
que representa o ciclo mais imenso
matando e renovando o pensamento,
nos presenteiei com a jóia rara
que será o começo em primavera
nos dando a chance de recomeçar
e nos reconhecermos, se abraçar
sentindo essa força que nos gera.
Te falarei com palavra sincera:
A primavera é o recomeço
que tanto admiro e reconheço
pois representa o negro da esfera.
O verão é vermelho e latente
e representa o índio, a juventude,
o tesão, a promessa, a atitude
e a vontade em pegar no batente.
Já o outono é branco e maduro
e aprendeu a usar a razão
pois sabe conduzir e dar vazão
a todo pensamento mal, impuro.
Já o inverno velho é amarelo
Sua representação é relativa:
Eu vejo como a morte que ativa
o despertar de um ciclo mais belo.
lembrei-me e te falei disso no Bessa
te explicando: Ciclos regem tudo
em uma matemática que aludo
e retransmito antes que o veto cessa.
Perfeito conhecer-te no verão
e, depois, encontar-te no outono
pois o inverno nos dará o trono
em uma primavera em que virão
os mais belos e os mais proveitosos
deleites de dois seres que evoluem
e sabem que as almas se diluem
em tais processos que são vantajosos.
Eu posso te falar o que eu tenho
e o que posso te o ferecer
sem ferir o "querer e o merecer"
e ter que franzir mais ainda o cenho:
_Sou um pássaro livre e posso ir
aonde essa vontade alcançar
pois sei que sempre posso me lançar
antes que a sorte me faça dormir.
Regressarei a terra prometida
para recarregar as energias
por entre lagedos,tejús e gias,
encontrarei meu ponto de partida.
Assinar:
Postagens (Atom)